O deputado Flávio Nogueira foi o único petista a votar a favor da PEC que proíbe o aborto na Câmara dos Deputados em Brasília. Em entrevista nesta sexta-feira, o deputado afirmou que não coloca a sua religião abaixo de nenhuma decisão. A PEC teve 35 votos a favor e 15 contrários.
O deputado Flávio Nogueira se pronunciou sobre seu voto favorável à PEC que trata da legalização do aborto em determinadas situações, destacando sua posição pessoal e religiosa. Em sua justificativa, Nogueira afirmou que sua fé católica nunca se sobrepôs às suas escolhas políticas, mas que sempre seguiu os preceitos de sua religião.
"Eu sou católico, professo a minha religião desde criança, e sempre fui ensinado que a vida é um dom de Deus", afirmou o deputado. "Como é que você tem um problema com isso? Como médico, minha vocação é para salvar vidas, não para tirá-las."
O parlamentar fez questão de reforçar seu compromisso com a vida, considerando-a algo sagrado e indivisível. "Como você pode achar correto matar um ser?", questionou, referindo-se à prática do aborto. Para Nogueira, a vida de um ser humano deve ser respeitada desde o início de sua formação.
Em uma analogia com a medicina, Nogueira comparou a situação a um médico que, diante de um paciente grave, se vê diante de uma escolha de vida ou morte. "Se um médico tem a capacidade de salvar, ele deve fazer o que for possível para salvar a vida", afirmou.
O deputado também falou sobre o carinho e a proteção que uma criança merece. "Quando uma criança nasce, mesmo sem poder falar ou ouvir, ela é indefesa. No momento em que chega à luz do mundo, deve receber o carinho e a proteção de todos", disse. Ele enfatizou a importância de acolher a vida, independentemente das circunstâncias de sua concepção, ressaltando que a criança, independentemente de como foi gerada, é uma vida que deve ser respeitada e protegida.
Para Nogueira, a responsabilidade dos pais é essencial nesse processo, e ele argumentou que não se pode negligenciar a vida de uma criança, que deve ser cuidada, amada e respeitada, independentemente de sua origem. "Ela é uma criança, e todos devemos ser responsáveis por ela", concluiu.
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