O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já recebeu o convite do governo brasileiro, mas ainda não decidiu se virá ao Brasil para a Cúpula de Líderes do G20, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Há um mandado de prisão expedido contra o presidente russo pelo Tribunal Penal Internacional, que o considera diretamente responsável pela deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia. A Ucrânia alega que cerca de 20 mil menores foram levados para o território russo sem o consentimento dos pais.
A Rússia contesta essa informação, apesar de haver muitas evidências contrárias.
O embaixador do país no Brasil, Alexei Labetskyv, considerou uma provocação a pergunta do SBT News se o governo russo não teme essa possibilidade. "Quando o senhor usa esses termos 'eventualmente preso', o que é isso? Uma provocação?"
"Não é uma provocação. Há um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional contra o Presidente Putin. O Brasil é signatário desse Tribunal. Portanto, se o presidente Putin for ao Brasil, do ponto de vista legal, a Justiça pode determinar a prisão do presidente Putin. É uma pergunta legítima", respondeu a reportagem.
"Quando o senhor está fazendo estas perguntas legítimas, o segundo passo deverá ser pensar o que será depois desses atos ilegítimos", disse o embaixador, contestando a autoridade do Tribunal, do qual a Rússia não é signatária.
"Como o senhor sabe, a Rússia não é a única a não reconhecer o estatuto (que criou o TPI)". Países como Estados Unidos, Israel, Irã e Índia também não reconhecem.
Em uma entrevista exclusiva ao SBT News, o embaixador falou durante uma hora sobre o aumento de 6.000% no volume de díesel russo comprado pelo Brasil, da Cúpula dos Brics, que acontece em outubro, na Rússia; sobre a guerra da Ucrânia e sobre os espiões russos que foram descobertos no Brasil.
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