Os tradicionais jogos de azar migraram para os celulares, como o popular “jogo do tigrinho”. Em Teresina, um jovem desenvolveu um vício nesses jogos virtuais, começando em 2017 com apostas de baixo valor. No entanto, dois anos depois, influenciado por terceiros, começou a apostar quantias elevadas.
Durante a pandemia de Covid-19, o jovem jogava quase o dia inteiro, tornando-se dependente das apostas. Isso causou problemas familiares, financeiros e psicológicos, levando-o a buscar tratamento psicoterapêutico em 2022.
No mesmo ano em que o jovem iniciou suas apostas, uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP) revelou que cerca de 2 milhões de brasileiros são viciados em jogos de azar. Esse desejo incontrolável é conhecido como ludopatia.
A facilidade dos jogos pode levar ao descontrole, sem considerar os riscos e a possibilidade de dependência. A psicóloga Dayane Arrais explica que a ludopatia é um transtorno compulsivo que provoca sintomas específicos, como mudança comportamental, isolamento social, crises de ansiedade e depressão.
“Os jogos são programados para que o jogador perca, e o cérebro entra em um ciclo vicioso de tentar até ganhar”, afirma a psicóloga.
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