Homem confessa assassinato de grávida e nega ter matado crianças em Paquetá

O delegado José Neto, da delegacia de Picos, informou que Jeneilton Araújo, conhecido como Neilton, confessou ter assassinado Jairane Moura da Silva, que estava grávida, após ser preso. Além dela, os dois filhos, Vinícius Emanuel Moura da Silva, de 6 anos, e João Gabriel Moura da Silva, de 8 anos, também foram mortos. O crime ocorreu na cidade de Paquetá, no dia 2 de março. Ele foi preso na última sexta-feira (7) em Lagoa Barro, após cinco dias de buscas que contou com ajuda de vaqueiros e mateiros da região.

Segundo o delegado José Neto, responsável pelo caso, o homem alegou, durante interrogatório, que matou apenas a mulher e negou ter feito algo com as crianças.

"Em interrogatório o suspeito alega que matou apenas a Jairane, usando uma faca que se encontrava na própria casa e que o fato aconteceu por conta de uma discussão que teve com a vítima na residência dela. Confirma que esfaqueou ela, com golpes no pescoço. Em relação às crianças alegou que não fez nada com elas", informou o delegado.

Durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (10), o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), major Francílio Alves, comentou sobre como foi o processo de captura de Neilton. De acordo com o major, ele estava fisicamente debilitado e não ofereceu resistência ao ser capturado. Ele ressaltou ainda o papel da população na prisão.

"Quando fizemos o cerco, com a presença de todas as forças de segurança, incluindo a aeronave, ele já estava debilitado. Não ofereceu resistência, obedeceu a todos os comandos verbais da Polícia Militar e foi conduzido com segurança para a Central de Flagrantes de Picos. Vale destacar a colaboração da população de Paquetá, que forneceu informações sempre que presenciava algo suspeito. Essa aproximação e confiança da sociedade nas forças de segurança foram determinantes para a prisão dele", afirmou o major Francílio Alves.

Ainda durante a coletiva, o comandante detalhou que o trabalho da polícia impediu que o suspeito recebesse apoio externo durante a fuga.

"Nas diligências e em conversa com ele, o suspeito relatou que não teve apoio. No cerco e bloqueio policial, conseguimos impedir acessos de saída, principalmente para locais onde ele poderia ter ajuda de familiares. Não podemos afirmar que algum morador ou parente o auxiliou de forma voluntária, mas, como realizamos esse isolamento e um trabalho de rastreamento, encontramos ele já desgastado, o que indica que provavelmente não recebeu apoio da população", destacou o comandante.

Preso será transferido para Teresina

A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) confirmou, nesta segunda-feira (10), que Jeneilton Araújo será transferido de Picos para um presídio em Teresina.

O diretor de Administração Penitenciária da Sejus, Reginaldo Moreira, explicou que a transferência ocorre por questões de segurança do preso.

"Trata-se de um crime que gerou grande repercussão e clamor público. A Polícia Penal, de forma cautelar e preventiva, realiza essas remoções justamente para garantir a integridade do detento, que é responsabilidade do Estado, além de assegurar a lisura das investigações", afirmou Reginaldo Moreira.

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